sábado, outubro 06, 2007
3 em 1
Tenho algumas manias, uma delas é a de que gosto de fotografar.
Fotografo as coisas conforme as vejo, por detrás da máscara da miopia, e sempre, sempre de esguelha, como se estivesse desconfiado (Ah, Lacrau!).
Comecei mais a sério nem há uns dez anos, por causa da doença contraída ainda jovem inconsciente á roda dos aviões da Cruz de Cristo.
Com o adensar da febre fotográfica desse tema o resto veio por acréscimo, dando por mim a fotografar os mais diferentes temas por dá cá aquela palha, ou nem isso.
Bastava para isso andar com a máquina ao ombro ou ao pescoço.
No fundo sou uma vendida meretriz das fotografias.
Quero é sentir o “O” do click da máquina fotográfica e já não me interessa que o cliente me pague…
Mas acho que o gosto por fotografar vem antes disso, desde o tempo em que conseguia dar a volta aos velhotes para gastar uns tostões para comprar rolos e revelar e imprimir as fotografias na sua velha máquina, da qual não me lembro o nome nem sei mesmo se tão pouco ainda existe. Fotografava um pouco de tudo, e foi aí que me começou a surgir o interesse pelos auto-retratos parvos (como este, com o Crackers e o PB).
Às duas por três dou por mim a ver o mundo não com o meu olhar de Magoo habitual, mas olhando para as coisas na perspectiva das fotografias que poderia fazer, como um cyborgue futurista que tem uma mira associada ao sistema de visão (só mesmo me faltava falar inglês com sotaque austríaco, não que isso me importasse muito).
Senti uma sensação de perda que não sei explicar, no momento em que me roubaram as minhas máquinas fotográficas, á cerca de um ano e meio.
Foi como se me tivessem arrancado um braço.
Literalmente.
A “mira” das fotografias funcionava perfeitamente e continuava a ver as possíveis fotografias mas … quando olhava para o lado só restava o ombro e não lhe conseguia vislumbrar o braço com a máquina de escrever fotografias na ponta.
Algo que me custa muito lembrar, ainda hoje, e apesar de o Crackers ter sido um anjo (como sempre) e me cedeu sempre sem restrições a sua A40, e outros amigos, sempre que possível o fizeram mesmo sem pedir.
Entretanto lá conseguimos cá para casa uma H5 para fazer o gosto ao dedo. e está a ser excelente.
A “mira” das fotografias funcionava perfeitamente e continuava a ver as possíveis fotografias mas … quando olhava para o lado só restava o ombro e não lhe conseguia vislumbrar o braço com a máquina de escrever fotografias na ponta.
Algo que me custa muito lembrar, ainda hoje, e apesar de o Crackers ter sido um anjo (como sempre) e me cedeu sempre sem restrições a sua A40, e outros amigos, sempre que possível o fizeram mesmo sem pedir.
Entretanto lá conseguimos cá para casa uma H5 para fazer o gosto ao dedo. e está a ser excelente.
